sábado, 29 de outubro de 2016

A pulseira que pode salvar vidas

Imagine uma multidão pronta para agir em situações de emergência, um grupo de pessoas que estará sempre por perto para ajudar o mais rápido possível. Imagine se essa multidão pudesse ser mobilizada com o clique de um botão em uma pulseira. Interessante, certo? Assim estaríamos criando um ambiente mais seguro. Agora deixe de imaginar. É exatamente isso o que a startup americana Kwema está desenvolvendo.


“Em poucas palavras”, diz Carmiña Santamaría, fundadora e CEO, “Kwema é uma elegante pulseira desenvolvida para aumentar a segurança das mulheres”. A empresa está lançando um bracelete que contém um discreto botão interno. Se o alarme é acionado, a joia se sincroniza com o celular da pessoa e envia uma mensagem de alerta com a localização exata para amigos, família, autoridades e outras pessoas próximas ao local que também tenham o aplicativo de Kwema em seus celulares.

Este, aliás, é o diferencial de Kwema. Qualquer pessoa pode baixar o aplicativo para receber alertas e assim agir imediatamente em situações de emergência, criando uma rede de segurança preparada para ajudar o mais rápido possível. O aplicativo também tem um botão de pânico, caso uma pessoa sem pulseira queira enviar uma alerta.

As estatísticas motivam a iniciativa de Kwema. “No Brasil, estima-se que uma mulher é estuprada a cada 11 minutos”, diz Carmiña. “Um levantamento recente apontou que 85% das mulheres brasileiras vivem com medo de ser estupradas. Os dados são alarmantes. E não é só um problema do Brasil. Estima-se que 98% das vítimas de tráfico humano para exploração sexual no mundo são mulheres ou garotas.”

Realmente não é um problema apenas do Brasil. De acordo com um estudo recente do Bureau of Justice Statistics dos Estados Unidos, 1 de cada 5 mulheres é violentada sexualmente durante os anos de universidade no país. Esse número já é ruim, mas existe um ainda pior. Em uma pesquisa feita em 2015 pela Associação das Universidades Americanas, 1 de cada 4 estudantes disseram ter sofrido violência sexual no campus. “Ainda seria um número horrível se a proporção fosse 1 em 1.000”, diz Carmiña, que espera poder ajudar a resolver o problema nas universidades dos Estados Unidos.


“Erradicar a violência contra as mulheres é o primeiro passo para realmente atingir a igualdade entre sexos”, diz. “Queremos mulheres empoderadas, começando com um sentimento de confiança e segurança.”

Kwema está atualmente disponível para reservas antecipadas no site da empresa. A pulseira provavelmente estará pronta para entrega em março do próximo ano. O aplicativo, isso sim, estará disponível para download antes disso. Usuários em distintos países já estão experimentando o app e os fundadores esperam disponibilizar para o público a versão para Android e iOS ainda este ano.

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